1.2.1 Acolhida
A acolhida na comunidade inicia-se desde o primeiro momento em que a família e o dependente químico ou etílico chegam para procurar o tratamento. Significa, num primeiro momento, acolher todas as queixas e relatos do usuário e de sua família, visando obter uma visão geral sobre o caso, o que é importante para avaliação da necessidade de ingresso e, também, para a futura construção do Plano de Atendimento Singular (PAS).
Os dados iniciais obtidos na acolhida são fundamentais para o diagnóstico e o planejamento do tratamento, que irão nortear e contribuir para a construção do PAS. Tanto os dados informados pelo futuro residente, quanto àqueles que são passados pelos familiares ao (à) profissional/equipe que o acolhe, são indicadores e definem uma caminhada que se inicia a partir da procura. Entende-se que, se a acolhida de fato não for consistente e calorosa, o dependente pode não avistar razão para decidir-se a ingressar no tratamento.
Na Comunidade Terapêutica Desafio Jovem Trindade a acolhida inicial é realizada pelo responsável técnico. Ele receberá as queixas e colherão as informações necessárias que, posteriormente, serão repassadas à equipe para elaboração do PAS.
Decidido pelo ingresso ao tratamento, o residente é apresentado à comunidade, às normas, ao funcionamento, à metodologia de trabalho e instalações, etc., e é dado início à construção do Plano de Acolhimento Singular, elaborando-se o prontuário individualizado deste residente. As demandas apresentadas desde a acolhida inicial, vão colaborar para que o PAS seja elaborado pela equipe, reunindo intervenções dos profissionais necessários.